quarta-feira, 7 de julho de 2010

Rumo


Comecei hoje o curso de inglês.
Enrolei anos e anos e relutei muito antes de concordar que é necessário aprender esse idioma.
Comecei a me interessar mais ao me deparar com tantos textos, musicas e filmes nessa lingua até então super desconhecida pra mim.
Tentava ler um textinho aqui, entender uma letra de musica ali. Mas a dificuldade era grande. Apesar de que em algumas vezes, eu conseguia captar pelo menos a ideia geral. Porém, na maioria das vezes,  o 'googletradutor' era acionado.
Pensando bem, o interesse maior veio da vontade imensa que eu tenho de morar fora. Vejo tantos amigos indo pros EUA, Inglaterra, Canadá.. passando temporadas estudando, trabalhando ou, no caso dos mais afortunados, simplesmente viajando por esses e tantos outros países.
Tenho vinte anos e nunca saí do Brasil. Não por falta de vontade, e sim por falta de oportunidade (lê-se: dinheiro). Não vou ser hipócrita de falar que 'antes de viajar pra fora, quero conhecer bem esse meu país'. Claro que tenho vontade de explorar essa imensa nação. Mas não necessariamente preciso conhecê-lo por completo antes de visitar nossos vizinhos ou outros continentes.
Me pego então, pensando que na verdade, o que me interessa mesmo é viajar. Pode ser pra um municiopozinho qualquer aqui do RJ mesmo ou pro Japão. De qualquer jeito ficarei feliz, empolgada.
Minha ânsia é por novidade. Conhecer lugares novos, pessoas com estilos de vida diferentes, trocar experiências.
Hoje mesmo, conversando com meu namorado comentei que um dia precisava falar de sedentarismo, mas não lembrava de jeito nenhum da palavra. Só o que me vinha à cabeça era 'nômade'. E eu pensava 'não é nômade a palavra, não é isso que eu quero falar'. Mas não consegui de jeito nenhum lembrar e 'nômade' ficou martelando aqui dentro. Brinquei com Bruno que até meu inconsciente reconhece que meu instinto é esse. Vagar por aí, sem residência fixa. A cada dia um lugar diferente.
E quando vou olhar, o texto que inicei pra falar sobre o curso de inglês, já tomou um rumo completamente diferente.
Não vou ajeitar, não vou mudar.
Penso muito mais rapido que escrevo... e minha capacidade de viajar mentalmente é inversamente proporcional à de viajar fisicamente. Quando vou ver, já me perdi em meio a tantas ideias loucas.
Mas acho que a vida é mesmo isso. Começamos de um jeito, com um caminho pré selecionado, um rumo escolhido. E quando nos damos conta, já estamos em outro completamente diferente do inicial.
A estrada da vida não é uma linha reta. Existem várias e várias vias alternativas que surgem durante o caminhar. Se perder é facil. Mas a verdade é que perdendo-se, muitas vezes se encontra a felicidade e aí sim, torna-se possivel conhecer quem realmente somos.

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