quarta-feira, 17 de junho de 2015

25 não é o final.



Completei essa semana 25 anos e um mês. Antes de completar esses tão temidos 25, tive crises e mais crises.

Quando criança, imaginando o futuro, sonhando com o dia em que eu seria adulta (e pensar que, agora adulta, insisto em querer ser criança), acreditava que aos 25 eu com certeza seria uma profissional bem sucedida. Pensava que uma chavinha viraria para a direita e PLIM!, eu automaticamente viraria adulta, com tudo o que ser adulta significava na minha questionadora cabecinha de cinco míseros anos.

Nessa época eu acreditava que os adultos tinham certeza sobre tudo, que sabiam tudo e que eram plenos conhecedores de todas as verdades possíveis. Com 25, portanto, não me restava alternativa: eu saberia de tudo, eu não teria dúvidas a respeito de nada, eu teria a solução para todo e qualquer problema.

Pois bem, cá estou, com 25, e acho que nunca, em todos esses longos e infinitos anos (mentira, chegou rápido demais! Tem como botar em câmera lenta daqui pra frente, Deus?), eu fui mais confusa do que hoje em dia.

A carreira bem sucedida que eu imaginava que teria também estou longe de conquistar. As viagens internacionais, os cantinhos do mundo que sonho e morro de curiosidade em conhecer, continuam distantes e desconhecidos. Fazer algo significativo para o mundo, para alguém, também continua na minha lista de coisas a fazer.

Minha crise foi intensa. Chorei uma quantidade de lágrimas capaz de cessar a crise hídrica paulista. Me questionei, me odiei, senti raiva, angústia, me senti um fracasso, uma farsa e tudo de ruim possível, porque de todo o ideal que criei da "pessoa adulta de 25 anos" eu não tinha conseguido cumprir em quesito algum.

O que eu quero mesmo falar é que, realmente, rola um sentimento de angústia por essa quebra de ideal. Mas completados os 25, que sofri tanto não querendo que essa idade chegasse, eu fui presenteada com uma rede de afetos e surpresas e carinhos e presentes e bons sentimentos e coisas boas.

Pode ser que eu não tenha chegado até aqui com tudo o que eu queria, mas a verdade é que tem coisas que eu não imaginei e não incluí nesses planos e ideais que me nutrem, dia a dia, para que eu continue buscando essa essência, os meus sonhos e valores.

Completados os 25, eu vejo que nenhum clichê é mais verdadeiro que aquela velha frase "O importante não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida". Posso não ter uma carreira sólida, posso não ter um passaporte cheio de carimbos, posso não ter certezas sobre a vida e sobre o mundo (graças a Deus!), mas tenho pessoas incríveis caminhando junto comigo nessa busca por um significado maior.

25 é só mais um começo, como tantos e tantos outros que já vivi e como mais infinitos que ainda viverei. 25 não é o final. 25 são incertezas mil e uma única certeza: tenho ao meu lado, caminhando comigo, os melhores! Obrigada, muito obrigada, a todos vocês!