terça-feira, 22 de julho de 2014

Sobre escrever.



Escrever é falar com a alma. É deixar que se manifestem todos os anjos e demônios, toda a doçura e toda a loucura.

Escrever é vomitar engasgos que ficam travados na garganta. É livrar-se do pior que há dentro de nós e ver o nosso melhor se expor também.

Escrever é quase como sonhar: acessa os desejos e pavores mais profundos, que muitas das vezes estão no nosso inconsciente.

Escrever é reler depois e não ter bem muita certeza de que foi você o autor daquele texto.

Escrever é esclarecer, é confundir, é abrir feridas e cicatrizar machucados que parecem incuráveis.

Escrever é deixar sair toda a dor, é se despir de máscaras, é se apresentar nu, cru, como se é. É topar quebrar a cara, é assumir riscos, é não ter medo do ridículo.

Entre analgésicos, yoga, meditação, exercícios físicos, drogas e terapia, escrever ainda é o que mais cura dores da alma, o que mais completa a minha existência.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Continue curioso

A gente passa a vida desejando coisas. A vida nada mais é que uma sucessão de desejos, conquistas e fracassos.

Nem sempre a gente ganha, mas devemos ter a consciência de quem nem sempre perdemos também.

É normal quando algo "dá errado" (entre aspas porque as coisas no futuro sempre se explicam e vê-se que não foram erradas) nos desanimarmos, desmotivarmos, ficarmos pra baixo.

Não há nada de errado em ficar triste, abater-se, viver o luto de uma perda, de uma não conquista. A questão é apenas não prolongar esse luto, não permitir que ele paralise por tempo demais.

Todo mundo precisa e merece pequenas pausas para respirar e/ou rever o que falhou, o que deve ser mudado, melhorado.

Mas, além da pausa, é necessário seguir em movimento, seja em qual direção for.

É preciso sempre buscar novos ou velhos motivos, ideais, planos. Não importa onde eles irão nos levar, mas sim o quanto eles nos fazem caminhar, crescer, mudar, amadurecer.

Continue caminhando, continue curioso.