domingo, 11 de agosto de 2013

A luzinha interna em neon.





Hoje li um artigo sobre pessoas que abandonaram suas vidas e empregos tradicionais e resolveram ir atrás do que realmente as motiva. Achei lindo, maravilhoso, digno. E o assunto não saiu da minha cabeça.

Tenho vinte e três anos, já mudei de faculdade uma vez e de ideia mais de mil. Me sinto satisfeita com o que curso agora. Mas ainda assim, inquieta que sou, fico sempre cheia de dúvidas, inseguranças e incertezas.

Queria que tivesse uma coisinha bem lá no fundo que brilhasse e piscasse em neon: "É isso!", "Vai que é tua!", "Arrasa!", "Mostra ao mundo a que veio!". Mas só tem uma luz bem fraquinha que diz "De repente dessa vez dá certo!" "Pode ser que seja isso...", "Se as coisas se desenrolarem bem, com sorte e dedicação pode ser que você consiga". E isso me mata.

É muito angustiante acordar a cada dia para trabalhar, ir a faculdade, estudar e tudo o mais sem ter ao menos um plano, uma meta. E se nada der certo? Se não tenho o plano A, quanto menos o B.

Não é questão de preguiça. Faço estágio, cumpro horários e sempre que tenho espaços vagos, mesmo que nos finais de semana, tento descolar mais um trabalhinho. Sei dar valor ao dinheiro, as conquistas. Tenho pai e mãe que me criaram e educaram muito bem. Nunca deixaram faltar nada, de comida à amor. Mas sei que foi tudo com muito esforço. Dou muito valor e me considero uma pessoa de sorte por isso.

E agora, adulta (já? A criança pequena ainda chora e pede colo aqui dentro), chegou a minha vez de me dedicar a tarefas, obrigações e empregos. Acho que sou muito lúdica e sonhadora. Mas eu só queria mesmo conseguir encontrar o que realmente me move. Sempre lembro da frase "Trabalhe com aquilo que você ama e não terá que trabalhar nenhum dia." e fico aflita tentando descobrir o que pode ser.

Mas a vida é isso, não é mesmo? Constante busca pela felicidade. O importante é permanecer curioso, "não acomodar com o que incomoda", fazer jus à oportunidade diária que temos de ser a mudança, de fazer a mudança, de corrermos atrás não apenas da nossa felicidade, mas do bem coletivo do espaço em que vivemos.

Então vamos lá. Noite ou dia, uma hora a luzinha de neon vai acender bem extravagante "Tu achaste! É isso mesmo!".