segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Amor como se não houvesse amanhã.




Foi num sábado. Estava radiante! De férias forçadas (preferiu ver o desemprego como uma oportunidade de curtir um pouco o sol, a praia, o mar), estava feliz e satisfeita com a vida. Sem inquietações, coração limpo, mente aberta, corpo vibrando em energia.

Encontrou os amigos, o que seria da vida sem eles? Conversaram, riram, beberam, o de praxe, como sempre faziam. Celebravam um aniversário, mas pra esse pessoal, qualquer coisa é um grande e excelente motivo pra celebrar. A vida é na verdade uma grande celebração. Uma eterna alternância entre conquistas e decepções. A cada nova etapa, nada mais justo que comemorar.

Do churrasco, emendaram na boate. Ela estava linda, radiante! Há tempos não curtia tanto assim. Despreocupada como vez em nunca e despretensiosa como sempre. A vodca já fazia efeito. Dançava livre. Livre de ritmos, imposições, julgamentos. Dançava ao seu modo, leve e até desengonçado, mas digno de admiração. Nem aí para o mundo, conectou-se a si e consigo dançou incansavelmente.

Foi um daqueles momentos intensos, que nesse mundo de modernidades e pressas, assustam os que tão acostumados à superficialidade e segurança do sentir. Mas ela é assim. Cansou dos jogos, das hipocrisias, da falta de amor. Ela é toda amor. E não está nem aí pra quem não for.

Nessa noite, amou a si, do jeito que a música fala: "como se não houvesse amanhã". Desde então tem cultivado o sentimento. A cada manhã que chega, ama a si, de um jeito tão rico e intenso, que às vezes parece que não vai caber, até que vem o dia seguinte.

De amor, de dias seguintes e de amanhãs que chegam, vem levando a vida. Diz-se por aí que nunca foi vista com sorriso tão bonito e sincero.


Nenhum comentário:

Postar um comentário