domingo, 25 de janeiro de 2015

Sem escape.

Vazio. Peito vazio. Eco e vastidão interna. Cabeça cheia, pensamento à mil. Por que tanto e sempre? Por que mais e outra vez? 

Setimento de impotência, de incapacidade. Desolada. Sem alento. Solidão impeirante. Parece que roubaram um filho seu. Parece que roubaram sua alma, seus sonhos, seus contatos e amigos. 

Sente frio, tristeza, solidão. Se sente sozinha, no meio de um nada, no meio de um caos, de uma guerra. Sem uma mão pra segurar, sem uma muleta que possa auxiliar seu caminhar. 

Ela que mal aprendeu a andar, tem que seguir sozinha um caminho que já não sabe nem mais qual é. 

Não existe caminho. Não existe escape. Não há saída. A única coisa que resta é enfrentar o monstro, o gigante e imponente que é sua mente. Seu carrasco mora dentro de si. Seus inimigos são seu pensar incessante e seu sentir tão intenso. O vilão de sua vida é sua mente, é ela mesma, é o superego e suas exigências.  

Não resta mais nada. Não há cura. Não há solução. É difícil salvar-se e voltar a superfície quando já se afundou tanto.  

É impossível a redenção quando o único herói, a única chance se ser salva é também o que a leva tão fundo: sua mente. Não há como cavar depois que já se está soterrado, debaixo do chão.

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