terça-feira, 22 de julho de 2014

Sobre escrever.



Escrever é falar com a alma. É deixar que se manifestem todos os anjos e demônios, toda a doçura e toda a loucura.

Escrever é vomitar engasgos que ficam travados na garganta. É livrar-se do pior que há dentro de nós e ver o nosso melhor se expor também.

Escrever é quase como sonhar: acessa os desejos e pavores mais profundos, que muitas das vezes estão no nosso inconsciente.

Escrever é reler depois e não ter bem muita certeza de que foi você o autor daquele texto.

Escrever é esclarecer, é confundir, é abrir feridas e cicatrizar machucados que parecem incuráveis.

Escrever é deixar sair toda a dor, é se despir de máscaras, é se apresentar nu, cru, como se é. É topar quebrar a cara, é assumir riscos, é não ter medo do ridículo.

Entre analgésicos, yoga, meditação, exercícios físicos, drogas e terapia, escrever ainda é o que mais cura dores da alma, o que mais completa a minha existência.

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