quarta-feira, 20 de outubro de 2010


E chega o fim de mais um dia.
A duração de um dia mais parece a duração de uma eternidade.
O tempo passa mais lento. Os minutos parecem horas.
E eu consigo. Um dia inteiro. Menos um. E que passe mais um e mais outro e mais outro... E que a dor e o sofrimento diminuam gradativamente.
Chega a ser torturante o toque do celular. O coração dispara. Olho tensa para o visor. E vejo um nome que não é o desejado. O barulhinho da mensagem de texto. Ansiosamente vou ler. E mais uma vez o remetente não é quem eu tanto queria que fosse.
Até mesmo o facebook e o 'vermelhinho' que aparece no canto superior esquerdo, mostrando que há uma nova mensagem são capazes de deixar minha respiração ofegante. E então abro.. e mais uma vez não. É uma mensagem bem triste na verdade. E que me faz ficar até com a consciência pesada por estar me achando tão 'coitada' e com esse sofrimento todo. Existem tantas coisas piores não é mesmo? Não. O pior é que não. A consciência pesa sim. Demais. Mas não consigo tirar da cabeça esse meu sofrimento adolescente e sem fim. Não consigo mudar o foco.
Brigo com os pensamentos. Dou bronca em mim mesma. Pare! Mude o foco. Pense em outras coisas. O vestibular por exemplo. Aproveite o momento pra se dedicar de corpo e alma. Ainda dá tempo se você realmente quiser. Mas, involuntariamente, a bronca se perde pelo meu cérebro. Isso sem falar do hipotálamo. Que me traí inúmeras vezes associando qualquer cheiro a uma lembrança boa desse tempo agora acabado.
Mas, incrivelmente, eu sobrevivi. Consegui chegar ao final de outro dia sem enlouquecer, me jogar da janela, berrar no meio da rua. E amanhã tem mais.
E a vida agora é essa: conseguir vencer os dias. Conseguir não sucumbir. Ser forte e enfrentar a realidade.
Quem sabe o tempo realmente não seja a solução que tanto falam.

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